despidos
Despiram as roupas e despiram as almas. trocaram de corpos e ficaram sem voz. afónicos na presença da luz da fusão dos dois. Despiram a roupa e tornaram-se onda a baloiçar em abismos de areia. Perderam o tempo e não o quiseram encontrar. Não gastaram o tempo inútil em esperas que gastam as pedras da calçada. Arrancaram as roupas e amaram-se num sopro vago de inconsciência. Foram vítimas do aquecimento global dos seus corpos despidos, derretendo glaciares. Gotas de suor-chuva molhavam o doce templo. Purificados. E a alma em convulsões de loucura num amor sem camisas de força.
Comentários
eu também fiquei sem voz...Ou escrita neste caso... Amei...
...
Bjs* e bom fim-de-semana
Bem bonito o teu texto. As emoções a correr por entre linhas de texto e palavras / letras soltas...
Parabéns.. bom fim de semana
Sofia