despidos

Despiram as roupas e despiram as almas. trocaram de corpos e ficaram sem voz. afónicos na presença da luz da fusão dos dois. Despiram a roupa e tornaram-se onda a baloiçar em abismos de areia. Perderam o tempo e não o quiseram encontrar. Não gastaram o tempo inútil em esperas que gastam as pedras da calçada. Arrancaram as roupas e amaram-se num sopro vago de inconsciência. Foram vítimas do aquecimento global dos seus corpos despidos, derretendo glaciares. Gotas de suor-chuva molhavam o doce templo. Purificados. E a alma em convulsões de loucura num amor sem camisas de força.

Comentários

Fátima disse…
este post parece um relâmpago! emoções sem palavras..
Marta disse…
granda post mesmo =) bonito e forte
Marta disse…
p.s lol as pessoas que andam a comentar com o meu log in n é preciso:P basta porem a sua conta do google e password onde diz username e password e pronto ja ta:Psenao parece k sou egocentrica
delusions disse…
"Despiram as roupas e despiram as almas. trocaram de corpos e ficaram sem voz. afónicos na presença da luz da fusão dos dois."

eu também fiquei sem voz...Ou escrita neste caso... Amei...

...

Bjs* e bom fim-de-semana
Sofia disse…
Oi..
Bem bonito o teu texto. As emoções a correr por entre linhas de texto e palavras / letras soltas...

Parabéns.. bom fim de semana
Sofia