Viagem
Sentia-se a adormecer de cabeça encostada à janela do comboio, o tremor nervoso da máquina balançando os pés, poesia de páginas abertas e versos por ler na mão, e a fantasia nos ouvidos, a música que a embalava e que até a dormir escutava ao longe. Viajava para longe dele. Todos os dias viajava mais um bocadinho. E mais não sei porque o telemóvel escorregou-lhe dos dedos quando entre uma onda e outra brilhantes de sol na janela, adormeceu.
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JPalma