Sintra
Sintra anoitece comigo. Traz-me o silêncio que encho com música. Devia estar em todo o lado e estou em lado nenhum, esquecida numa paragem de autocarro com o palácio defronte. A música sobra-me dos ouvidos e sussurra nos outros como a minha voz mais alta sobre a mesa cheia e as palavras que me levam onde nunca chegarei quando me perco sozinha. Amo o poder que tenho nos outros e desespero por me ter, ainda não foi inventada a minha palavra, o meu abraço.
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