Monótono

Quando entrou em casa, a mala não chegou ao quarto. Lançada pela raiva ao chão ao pé da porta ficou. O corpo caiu na cama, cansado, esquecido de lutar, mais uma semana terminada, e que deixava? Nada. Apenas um estranho fim que não é ainda ponto final, só o arrastar do nevoeiro. No fim-de-semana o fim do ano, do curso, tanto tempo e o estágio porvir, tanto porvir, tanto medo. Um fim que não passa para um papel diferente, o que procurei ainda não cumpri. Um não-fim de palavras monótonas. Cai o pano sem palmas nem encores. Será a próxima peça pior que esta?

Comentários

Nomyia disse…
A vida custa a passar, cansa e entristece. Lenta, dolorosa, aborrecida... Vai alternando em vários estados e alterando o nosso próprio estado de espiríto. Por vezes a mal chega ao quarto. Por vezes até queriamos que o dia não terminasse e durasse para sempre. Tem dias.
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Anónimo disse…
Acredita MESMO nisto: vai correr tudo bem

um beijinho enorme

P.S. praia?
AR disse…
Depressão de finalista?

poiz... =P