bruma

Resta a bruma
Nos despojos da tempestade
a bruma que penetra todos os espaços
Do vazio de mim
Tempestade de cabelos revoltos
E sonhos de cristal baço.

"Não tem importância",
alguém diz e vêm as aspas
A corroborar
Que não fui eu que achei
Que não tinha importância.

Tempestades e tempestades
Enroladas na garganta
No travo esfusiante de álcool
E de fantasias

Abraça-me
No meio dos cabelos despentados
Desculpa.
E os cabelos enevoados
No meio do furacão de palavras mal ditas
Mal entendidas
E um silêncio pesado a enevoar o mundo
A bruma...a bruma
Nos despojos da tempestade.

Comentários

Fátima disse…
muito d. sebastião =)