Gostar

Uma manhã chuvosa
Saio à rua...meio a tremer
Mãos frias
Sentindo o coração a bater
Estava desconfortável...
Nada em mim estava bem
Possuía-me um frio gélido
Precisava de um ombro, um alguém
Deambulava pela rua
Andando...no vazio
Estava tanto frio…
Repentinamente, tudo mudou
Foi a beleza daquele olhar
Que em minha alma entrou
Trazendo-lhe um imenso calor...
Um calor que me transformou
Luzente…em forma de amor
Deixou-me o frio, ou a minha dor
E meu coração sussurrou…
“Gosto de ti”

Comentários

Daniel Cardoso disse…
Amor. Uma das duas supremas forças; o poder de transfiguração numa palavra que expressa um conceito inabarcável. Amor.

Prometeu
Fátima disse…
Sentir é a única forma de saber que estamos vivos. o amor acorda a nossa alma com um terno abraço e faz-nos querer agarrar cada minuto, cada segundo... num desespero de nunca perder o milagre de amar e ser amado.

Conseguiste traduzir exactamente a beleza do amor. Parabéns. (n me desiludiste!)

(olha que coincidência... eu também gosti!!!)
Anónimo disse…
Gostar ou não gostar? No fim, tudo se resume a esta questão.
O meio-termo é sempre aborrecido.
Nunca gostei de tomar banho em água morna...
E quantas vezes gostar não rima com olhar?
Marta disse…
Tu és esse "calor" que nos transforma, que nos aquece nessa amizade inolvidável em ti. O amor é sem dúvida nas tuas palavras elevado ao k realmente é, a sua pureza a sua essência.
Anónimo disse…
"Gosto de ti" é uma expressão com tanto ou nenhum significado. Digo isto porque o verbo "gostar" nunca logra exprimir esse sentimento indizível que é o amor. Já Vergílio Ferreira dizia que se repetirmos muitas vezes a mesma palavra ela deixa de ter significado... Façamos a experiência..amor..amor..amor...Talvez sim...talvez "amor" seja uma palavra redutora para algo tão sublime...
Não podemos dizer o amor...mas podemos tentar descrevê-lo, coisa que o teu poema faz na perfeição!