Uma criança a querer pular pelos olhos
Inspiro com força
Quero aspirar de uma vez o odor da noite
Inspiro...
Ressuscito os sentidos
Inflamo o olhar no fulgor de uma estrela qualquer
Toco,
Acaricio o vento
Que em delírios meus são teus cabelos
Revejo o teu sorriso
Choro,
A criança que mora no meu olhar agita-se
Não quer saber de inquietudes
Amores disconexos
A noite é calma
Extasia-se com formas difusas no breu
Chamam-lhe beleza
Algo que apela aos sentidos
Tão simples
Que a criança
que mora nos meus olhos
Atrai-se, suspira, treme
Numa esquina qualquer
Desta cidade sem nome
Há crianças escondidas
No olhar de cada rosto
À espera...
Presas por uma membrana invisível
Chamam-lhe medo
Ou será esquecimento
Olhares no chão
Passos pesados
Uma criança a querer pular pelos olhos
A infância tão perto e tão longe
Era a fome do riso que trago ainda
A gargalhada
Uma criança a morar nos meus olhos!
É possível aspirar, sorver, mastigar a vida
E uma criança a querer pular dos teus olhos...
Quero aspirar de uma vez o odor da noite
Inspiro...
Ressuscito os sentidos
Inflamo o olhar no fulgor de uma estrela qualquer
Toco,
Acaricio o vento
Que em delírios meus são teus cabelos
Revejo o teu sorriso
Choro,
A criança que mora no meu olhar agita-se
Não quer saber de inquietudes
Amores disconexos
A noite é calma
Extasia-se com formas difusas no breu
Chamam-lhe beleza
Algo que apela aos sentidos
Tão simples
Que a criança
que mora nos meus olhos
Atrai-se, suspira, treme
Numa esquina qualquer
Desta cidade sem nome
Há crianças escondidas
No olhar de cada rosto
À espera...
Presas por uma membrana invisível
Chamam-lhe medo
Ou será esquecimento
Olhares no chão
Passos pesados
Uma criança a querer pular pelos olhos
A infância tão perto e tão longe
Era a fome do riso que trago ainda
A gargalhada
Uma criança a morar nos meus olhos!
É possível aspirar, sorver, mastigar a vida
E uma criança a querer pular dos teus olhos...
Comentários
Ваш болельщик,
Дaвид
Nunca deixes de ser criança, e libertar um bocadinho dela nas tuas sempre belas letras... soltas.
Prometeu
De Pena em Riste
...poetisa... Pessoalmente apreciei dois pontos: um deles é a chamada constante à essência dos sentidos que, no contexto do tema, aparecem divinizados devido à pureza e ingenuidade com que as crianças sentem o mundo.
Outro pormenor interessante é o facto de teres metido o tema como verso no meio da poesia (muito comum eu fazer o mesmo nas minhas) o que vem a enfatisar a mensagem pretendida do poema e como que inicia uma conclusão que em vez de terminar de forma serena, como que acaba no meio dum "subir" de emoções, no meio dum aumentar de emoções deixando o resto em aberto (embora poesia não seja um filme bem que podias fazer uma espécie de continuação para este poema que serviria de "conclusão" deste)
keep it up!