Corações partem-se como cristal
Corações partem-se como cristal
Cacos de vidro na sala
Na sala, no quarto, nas ruas
Pisamo-los....cortes, golpes
Jorra sangue sem jorrar
Há gritos surdos
Sem ninguém gritar
Gritos e bocas fechadas,
Cacos que se entranham na pele
Envenenam o sangue
Morte longa, dolorosa, agonizante
E quando no fim da vida
Olhamos os escombros
Ruínas da memória
Não sobram mais do que cacos de vidro
Do ódio que deixámos entranhar em nós
Pedaços do que fomos
Da desilusão do que poderíamos ter sido
Mas nunca conseguimos ser
Gargalhadas cavernosas
Quando nas conversas se fala de amor
Amor em cacos sem conserto
Amor faz-de-conta
Amor fingimento
Finge que eu sou tua
Finge que és meu
E depois do fingimento
Corações partem-se como cristal
Multiplicam-se os cacos
Então morremos ...
No meio dos destroços dos nossos corações
Valeu a pena?
Valeu a pena viver?
A mesquinhez? o egoísmo?
Agora o que te resta?
Só cacos e feridas que ardem
Labaredas e mil fogos
Fogos que não se extinguem
Chamas que não se apagam
E cacos...
Mais nada...
Nada...nada...nada...
Cacos de vidro na sala
Na sala, no quarto, nas ruas
Pisamo-los....cortes, golpes
Jorra sangue sem jorrar
Há gritos surdos
Sem ninguém gritar
Gritos e bocas fechadas,
Cacos que se entranham na pele
Envenenam o sangue
Morte longa, dolorosa, agonizante
E quando no fim da vida
Olhamos os escombros
Ruínas da memória
Não sobram mais do que cacos de vidro
Do ódio que deixámos entranhar em nós
Pedaços do que fomos
Da desilusão do que poderíamos ter sido
Mas nunca conseguimos ser
Gargalhadas cavernosas
Quando nas conversas se fala de amor
Amor em cacos sem conserto
Amor faz-de-conta
Amor fingimento
Finge que eu sou tua
Finge que és meu
E depois do fingimento
Corações partem-se como cristal
Multiplicam-se os cacos
Então morremos ...
No meio dos destroços dos nossos corações
Valeu a pena?
Valeu a pena viver?
A mesquinhez? o egoísmo?
Agora o que te resta?
Só cacos e feridas que ardem
Labaredas e mil fogos
Fogos que não se extinguem
Chamas que não se apagam
E cacos...
Mais nada...
Nada...nada...nada...
Comentários
Mas acaba sempre por valer a pena. O espírito humano só vive quando se parte e reconstrói numa eterna corrente de humanidade em nós latente.
Prometeu
Sabes o quanto eu reconheço e aprecio esse teu jeito...já o disse antes!..
Paty, a tua colega proto-caloira (ou aspirante a..)
Tão belo e, ao mesmo tempo, tão verdadeiro!
É duro quando nada mais resta a não ser cacos dolorosos. Quando procuramos sem encontrar uma qualquer cola que reúna os fragmentos do nosso coração desfeito...
Mas por entre a desolação encontramos sempre algo que valeu a pena. Podemos sempre pegar nos estilhaços do nosso coração e construir um novo, mais resistente, mas belo como cristal.
Seria magnífico que o nosso coração tivesse um manual de instruções, onde seriam descritos os vários procedimentos a ter para impedir que ele se estilhaçasse..
Mas esse manual não existe...o coração continua limitado pela sua própria fragilidade...
Porém, uma coisa é certa..por mais débil que ele seja...possui a ilimitada capacidade inquebrantável de AMAR mais e mais...e mais...
Antes de Mais muitos parabéns pelo Vosso Blog, em especial a ti...pq n conheço as tuas amigas.
é muito raro encontrar pessoas que dispensem um pouco do seu tempo a meditar, a criar ou recriar palavras, construindo poemas com sentimentos tão profundos.
Um grande beijinho e muitos parabéns Céu