Não-Existência
A não-existência é como dormir. Enquanto ficamos por oito ou dez horas aconchegados numa almofada e escondidos entre cobertores e lençóis, outros podem estar a navegar na internet, a dançar em qualquer lado, ou a estudar. Durante uma noite inteira ficamos quietos numa cama, enquanto outros poderam estar no desespero de assimilar mil fotocópias para o exame que decorrerá dali a umas horas, vivendo momentos de loucura e emoção extasiantes, ou pura e simplesmente com uma insónia, descobrindo músicas esquecidas e silenciadas, abarrotando um computador, uma panóplia de discos de música e cassettes perdidas pelo quarto, folheando livros lidos aos catorze anos, revendo filmes de desenhos-animados ou de comédia... ou as televendas.
Alguém me disse que a humanidade é acidente cósmico, e que nós somos o produto de uma reacção biológica e hormonal. E um dia seremos os fósseis que estudámos a Ciências Naturais no sétimo ano. Ou então não haverá mais Alexandrias, e tudo se transformará em pó cósmico. Porque acidentalmente há vida por aqui. Mas também deixa de haver.
Alguém me disse que a humanidade é acidente cósmico, e que nós somos o produto de uma reacção biológica e hormonal. E um dia seremos os fósseis que estudámos a Ciências Naturais no sétimo ano. Ou então não haverá mais Alexandrias, e tudo se transformará em pó cósmico. Porque acidentalmente há vida por aqui. Mas também deixa de haver.
Comentários
A não-existência é pura e simplesmente a existência do nada. A entropia total. A ausência.
Prometeu
Master, Ísis só reproduz os seus devaneios esquisitos. (=
ná, eu quero dormir, existir, e não não-existir. =D
Shelyra, eu gosto da sensação de repouso que o sono me dá mas... tantas e tantas vezes prefiro não precisar de dormir... há sempre tanto para fazer e compreender...
Prometeu, o problema é que ainda não me convenci que vou não-existir. E é verdade, há sonhos que me tiram o sono com as situações absurdas e às vezes angustiantes que aparecem lá.
Amuei! :((((
(Forcalhos é a nossa quinta, lalalalala... pronto, já chega... =))
lembrei-me de freud...
"Tratar o acaso como não desmerecendo determinar o nosso destino"
;)
e Signore Duck, andas a repetir-te!!! =P
Magia, trouxeste mais um género de não-existência...o vazio.
Será que o nada pode criar, produzir alguma coisa? Ou alguma coisa pode criar, produzir (o) nada?
Ou será que como diz o outro "Neste mundo nada se cria, nada se perde e tudo se transforma?