Viagens
Tantas vozes e sotaques à minha porta. Cumplicidades de tão longe mas sempre tão perto, de mão dada desde a boneca de trapos ao primeiro carro, do primeiro beijo ao casamento. Um café de olhares sorridentes, abraços sentidos, conversas cheias de tudo. E agora um quarto cheio de nada. Com fotografias teimosas do que não volta a ser. Saudades. Num mundo de cinemas e autoestradas, com a boémia e o fulgor da vida a passos, tudo o que queria era sorrir sem o gosto amargo a solidão. Vida cigana.
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_:)