Espontaneidade rima com Amizade


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Sentadas em cadeiras de verga à beira da lareira, o fogo acendia os olhos e queimava as faces. O silêncio acontecia entre mãos que se tocavam escolhendo chocolates pequeninos da caixa. Pralinés... Nome francês que como os quadradinhos castanho-escuros se derretiam na boca. E os teus dedos pequeninos, que apetecia apertar! "Olha! Tens mãos de brincar!" E disparou uma máquina de gatilho atento. A tua mão sobrava na minha, grande de precisar da tua! Na noite anterior olhei-te de soslaio quando pediste para não estragar tudo, para não voltar para ele. Quando me viste chegar de madrugada, de expressão cansada, mais velha, e olhar preso nos passos de me obrigava a dar, nada perguntaste. Sabias que na minha teimosia não te ia contar nada, nem admitir que tinhas razão. Abraçaste com os teus braços pequeninos a minha grande fraqueza. Aquela fotografia ainda parece ter sido tirada ontem.

Comentários

Anónimo disse…
Que bonito Madrinha. =)
é tão bom ter alguém que nos dá esses abraços quando precisamos e que sabe exactamente o que nos dizer(ou não dizer)...
Fátima disse…
tenho mãos pequeninas que me guiam... =) e este post concerna todas as amizades que não fogem como grãos de areia pelos dedos.
AR disse…
hey...nice shot!
:)
Alexx M. disse…
Mais importante do que falar é saber calar as palavras desnecesárias que assomam aos lábios.... Porque as grandes amizades se fazem no silêncio do olhar e no calor dos braços em volta dos ombros...
Obrigada por tudo, madrinha, pelas conversas, pelos conselhos, pelos abraços e pelos silêncios em que me ouves.... Adoro.te :)