Soulstorm

Eu sou um espírito livre a flutuar no interstício de um texto que ainda não foi escrito. Sou um par de asas ferrugentas em cima da secretária numa ânsia desmesurada de voar acima das casas, e ver tudo mais pequenino, a metros e metros de altitude. Eu sou uma alma em tempestade, um paradoxo que julgava irresolucionável. Tu és a solução da minha equação. A aproximação do meu paradoxo. O íman (aquele do frigorífico) que atrai vorazmente.Eu sou uma alma perdida num quarto que se percorre num minuto e cujas paredes são todas de cor alva, clara demais suponho. Eu sou um barco a querer descer um rio de Terra. O mundo é uma metáfora da realidade. Porque o Mundo não existe. Porque nada existe à pertida. Tudo isto é um daqueles jogos de cubos, uma (des) construção, um conjunto de meta meta pensamentos. As palavras não existem. Usamo-las para expressar emoções que perpassam o nosso corpo físico, nesta nossa urgência do dizer, do comunicar, de simbolizar e mostrar a todos essas mesmas sensações. Mas nenhuma palavra descreve exactamente o que sentimos. As palavras são estes fingimentos adornados. São cristalizações de passado, assim que se diz, já foi dito.As palavras são memória, com elas escrevo para me lembrar de ti, de ontem em qeu te disse tantas outras palavras que não descrevem a a forma como seres tu te fica tão bem.

Comentários

AR disse…
não há palavras...
:)
big kiss*
Fátima disse…
influências de teoria do texto =P

somos palavras pequeninas voando ao encontro de outras, de tantas bocas que nos sussurram o que queremos ouvir. =)
AR disse…
obrigado pelo link kida!
é que já estou lá, mesmo!!
há muito tempo que já faz parte dos meus sonhos ir a esse festival! este ano não falho!
Bora lá? Antes dissu inda temos o Sto.António! =))))
big kiss*** tks
Fátima disse…
nunca deixes de ser uma explosão minha ninfa. =)