Just me and my music
Não sei bem que horas eram, era simplesmente a hora do pôr do sol. E ele está lá todos os dias, como dádiva para os olhos, e tantas vezes o tomamos por garantido ou como banal. E vi um pôr do sol, raiado de laranja, enquanto a música a ressoar nos meus ouvidos (pelos auscultadores), iluminava o sol dentro do sol e a luz que emanava dele. Ali estava eu, a passear à beira rio com a música a inundar-me, a encher-me da própria luz desse sol que tanto me fascina. E alegremente comecei a dançar,mesmo que alguns transeuntes parassem os carros para olhar, ou fizessem cara de escárnio, porventura porque tinham inveja. Por terem pena de não serem bafejados por essa aurática experiência, da luz singular a atravessar em mim. E mais uma vez olhei para trás enquanto o vento soprava nos meus cabelos, e fotografei com os olhos aquela imagem, de um éden que passamos a vida a buscar. E senti-me feliz. Com aquilo a que chamam alma completamente cheia, a abarrotar pelas costuras, quase a entornar o copo. E os pés sem conseguirem sair do lugar e o barulho da água do rio a misturar-se com a minha música. As coisas feias do mundo e os sentimentos feios voaram assim baixinho, como uma ave a imigrar para sul, para um local mais quente. E ali junto ao rio a boca abriu-se num sorriso tão grande que mal cabia nos lábios, e ouvi o coração soltar um ah! de espanto. Dancei, rodopiei, virei e tornei a virar num monólogo ao longo das notas das canções da rádio:
-Não é lindo este pôr do sol?Parece fogo a descer do céu, sangue a sair das nuvens, vida a sair da própria vida.
-Sim é - respondi a mim mesma.Tens uma imaginação muito fértil. Sangue a sair das nuvens?
- Ahahah, não me faças rir! Não posso rir mais senão depois dói-me a barriga.
-Como quando comias gomas demais em cachopa?
-Sim, isso.. ahaha estou a dialogar comigo mesma!
Fecho os olhos na minha cama e sinto ainda o pôr do sol rodopiar nos meus olhos e o meu monólogo interior a desenrolar-se continuadamente ao ritmo da minha valsa imaginária da vida.
- Sais-tu danser la valse de la vie?
-Não é lindo este pôr do sol?Parece fogo a descer do céu, sangue a sair das nuvens, vida a sair da própria vida.
-Sim é - respondi a mim mesma.Tens uma imaginação muito fértil. Sangue a sair das nuvens?
- Ahahah, não me faças rir! Não posso rir mais senão depois dói-me a barriga.
-Como quando comias gomas demais em cachopa?
-Sim, isso.. ahaha estou a dialogar comigo mesma!
Fecho os olhos na minha cama e sinto ainda o pôr do sol rodopiar nos meus olhos e o meu monólogo interior a desenrolar-se continuadamente ao ritmo da minha valsa imaginária da vida.
- Sais-tu danser la valse de la vie?
Comentários
Só faltava era o pôr-do-sol!
E pronto..a susana comentou, tá comentado! =P
E não há cá colheres de plástico q me metam medo!!...hihihi =P
P.S. este comentário foi escrito sob grande pressão psicológica, por isso, a autora não se responsabiliza por eventuais erros, incongruências. Quaisquer semelhanças com a realidade são pura coincidênciiia...ahahah
Parabéns *
Belo texto Ninfa, bonitos sentimentos, bons momentos em que o Mundo não conta, apenas acontece á nossa volta. É o Sol, a música ou as estrelas e... nós