Mundo embriagado


E a poesia foi encarcerada,
No dia em que o sol já não raiou
E a poesia ficou sozinha,
Numa jaula...
Anestesiada e abandonada.
E as palavras perderam os eu sentido,
Porque a poesia não são palavras,
São os sentidos obscuros
Na boca das palavras,
E a poesia tornou-se ditadura,
As vozes em uníssono
Entoaram a mesma canção,
Os mesmos versos descoloridos
Que alguém colocou numa fotocopiadora,
E a poesia surgiu em série
Igual e sem sabor,
E os Homens perderam o paladar,
Refugiaram-se na bebida,
Para apaziguar a falta da poesia.
Ela que é revolta,
Ela que é política e anti política,
Ela que é flor,
Não pedra,
È semente
E não jazigo.
E um mundo bêbado
Sem reflexos,
Deixou-se ficar
E não fez nada,
Dançaram
Por cima dos cadáveres,
E fizeram dos escombros
A sua casa.
Empatia pela apatia,
Os sinos tocaram
Mas toda a gente dormia,
Uma ressaca infindável
Num país em que o sol morreu,
Num universo bêbado
Em que a poesia pereceu
Às mãos dos lobos e lobisomens

Comentários

Anónimo disse…
muito fixe.
continua assim.
vais longe.
Anónimo disse…
a poesia é tudo...
Marta disse…
quem és tu anónimo?(obrigada pelo comentário já agora)
Anónimo disse…
isso agora....
mas posso dizer k sou um admirador secreto...
Marta disse…
Huuum...admirador secreto? Huum á lá identifica-te! Também tens blog para eu visitar?
Anónimo disse…
tens de descobrir sozinha sn n tem piada...
Marta disse…
Se quiser comentar os outros posts esteja à vontade:)
Admin disse…
cada vez
melhorr---------------------pra quê escrever quando alguém transmite ainda melhor aquilo qu nós pensamos!!
Dá-lhe madinha..assim sim..
Fátima disse…
engraçado, porque vou postar sobre a aldeia velha. é essa a minha anestesia. e todos vivemos de anestesias... *