Horas e segundos.
Apetecia-me que as horas passassem mais velozes que a velocidade da luz, mais rápido que o metro que percorre a cidade, numa vertigem que engolisse os minutos, os segundos e os milésimos. Para correr para os teus braços, esbaforida e sem ar, para fazer um sprint até ao teu beijo. Derrubar todos os obstáculos e chegar até ti. Para encontrar o meu coração, que ficou contigo. Preso a ti na última vez que nos encontrámos. Deixa-me aconchegar-me no cobertor dos teus braços, na ternura pura dos teus lábios. Deixa-me saber como foram os dias-sem-mim e eu conto-te como foram as horas-contadas-para-te-ver-outravez. Permite-me que te encontre. Rogo ao tempo que passe rápido e me leve para perto de ti. Sinto-me longe de tudo, nesta manhã cinzenta, e tão absurdamente distante das tuas mãos. Apetecia-me que os quilómetros se transformassem em metros que se atravessassem a pé. Que os semáforos estivessem todos verdes para chegares mais depressa ao teu destino: EU. Estas paredes apertam-me, agora, sem cessar, os meus pensamentos estão roucos de gritar por ti. Quero sair daqui, quero ter passos de gigante para te encontrar em três pulos. E lá estarás, a reflectir tudo o que importa, tudo o que me alenta. Há dias tão longos não é? Apetece-me que este dia tenha o sabor de um segundo. Pode ser?
Comentários
senhor anónimo lindo, também espero que não haja trânsito:)o clio PS vai-me buscar ihihhi