Tantas vezes...
Tantas vezes tive vontade de te abraçar, mas os braços estavam acorrentados, amarrados a cordas que mais ninguém, a não ser eu, vislumbrava. Tantas vezes tive vontade de te beijar, mas a minha boca a milímetros da tua afastava-se repentinamente, como se ao beijar-te todas as tempestades do mundo se levantassem, como se ao beijar-te despoletasse a fúria de todos os Deuses, de cada um dos elementos, como se o consumar deste beijo e deste amor fosse o apocalipse e o mundo findasse naquele segundo.
Outras tantas vezes me apeteceu dormir a teu lado, ou singelamente ver-te dormir com a cabeça por cima do braço, respirando angelicalmente, em paz, sem receios. Até me apeteceu abrir a janela do meu quarto e alardear, gritar, berrar que tu existes, que todas as coisas do mundo tinham ganho significado no momento certo,na hora exacta em que foste dado à luz, ou pelo contrário, em que te deram nas trevas para que formasses luz. Exageros de uma louca apaixonada, diriam os outros, mas apaixonada não sou . Amo-te mas não me apaixonas, intensificas-me mas não me abrasas. Confundes-me mas não me dominas.
E tantas vezes tive vontade de te dizer que tudo iria correr bem, de te contar histórias que os adultos, como nós, já não ouvem nem contam, porque se perderam no interior de fantasias “desfantasiadas”. Contar-te ao ouvido todas as coisas em que já não acreditamos e recriá-las para nós. Até já me apeteceu ficar sozinha contigo na Terra, ou noutro planeta qualquer, mas tive medo de te acordar, porque ainda dormias naquele minuto, pelo menos no meu relógio do outro lado do mundo, em que me encontro, longe, longe, longe, tão longe de ti.
E nos momentos em que estive perto, perto, perto de ti, uma vontade voraz de estar longe de ti consumiu-me. Entendes-me? Claro que não, ninguém me entende, panteísta pagã num Mundo desnorteado sem bússolas que nos guiem. Tantas vezes tive vontade de ter um barco e levar-te comigo, amar-te mais e ficar contigo para sempre concretizando as mirabolantes aventuras que li nos livros pueris da infância rasgada em mil bocados, como as folhas dessas mesmas obras em que me escondi do mundo real.
Tantas, foram tantas as vezes, incomensuráveis vezes em que quis mas não fiz, será que quis mesmo? Será que não me iludi, não fingi a mim mesma que quis querer-te? Tantas vezes, tantas vezes amor, que te amei sem te amar, ou que te amei amando. Só a ti amor....
Outras tantas vezes me apeteceu dormir a teu lado, ou singelamente ver-te dormir com a cabeça por cima do braço, respirando angelicalmente, em paz, sem receios. Até me apeteceu abrir a janela do meu quarto e alardear, gritar, berrar que tu existes, que todas as coisas do mundo tinham ganho significado no momento certo,na hora exacta em que foste dado à luz, ou pelo contrário, em que te deram nas trevas para que formasses luz. Exageros de uma louca apaixonada, diriam os outros, mas apaixonada não sou . Amo-te mas não me apaixonas, intensificas-me mas não me abrasas. Confundes-me mas não me dominas.
E tantas vezes tive vontade de te dizer que tudo iria correr bem, de te contar histórias que os adultos, como nós, já não ouvem nem contam, porque se perderam no interior de fantasias “desfantasiadas”. Contar-te ao ouvido todas as coisas em que já não acreditamos e recriá-las para nós. Até já me apeteceu ficar sozinha contigo na Terra, ou noutro planeta qualquer, mas tive medo de te acordar, porque ainda dormias naquele minuto, pelo menos no meu relógio do outro lado do mundo, em que me encontro, longe, longe, longe, tão longe de ti.
E nos momentos em que estive perto, perto, perto de ti, uma vontade voraz de estar longe de ti consumiu-me. Entendes-me? Claro que não, ninguém me entende, panteísta pagã num Mundo desnorteado sem bússolas que nos guiem. Tantas vezes tive vontade de ter um barco e levar-te comigo, amar-te mais e ficar contigo para sempre concretizando as mirabolantes aventuras que li nos livros pueris da infância rasgada em mil bocados, como as folhas dessas mesmas obras em que me escondi do mundo real.
Tantas, foram tantas as vezes, incomensuráveis vezes em que quis mas não fiz, será que quis mesmo? Será que não me iludi, não fingi a mim mesma que quis querer-te? Tantas vezes, tantas vezes amor, que te amei sem te amar, ou que te amei amando. Só a ti amor....
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Prometeu