além de mim

os dias vão passando sem darmos conta, luta perdida no meio do caos. quem sou eu e de quem é esta vida? a oeste, nada de novo. uma urgência de fugir impõe-se como uma dor imensa no peito, um egoísmo crescente numa existência ausente. não fujas, pedes-me. mas eu já não sei onde estou. não sei onde quero estar. já dizia o antónio variações, "não consigo compreender, este estado de ansiedade, sempre esta sensação, que estou a perder". afinal, porque é que os dias se arrastam sem sentido? porque é que a cada segundo me sinto apenas uma minúscula imitação de mim? sou sempre, estou sempre, além de mim.

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