Nunca são as grandes coisas.
Nunca são as grandes coisas. Os grandes gestos espalhafatosos, cheios de jogadas estudadas. São sempre as coisas mais pequenas, como a tua mão pousada no meu cabelo.Como os teus braços discretos enrolados à volta da minha cintura. Como o teu sorriso iluminado pela lua. Ou os meus pés dentro da água fria do mar numa noite de Verão. No universo delicado de pequenos momentos-pétala em que o meu riso soa cristalino e se descobre, tal qual uma ostra que revela possuir uma pérola. E o meu riso-pérola caminha contigo de mãos dadas. Aí estou eu a cair num labirinto de sensações, mais uma vez, a inebriar-me em ti e na tua forma de me despertar de manhã. E na forma como sonho contigo mesmo a teu lado. Nunca são as grandes coisas, os violinos ou dares-me o Mundo de mão beijada. São pequenos universos paralelos que me ofereces, que possuem a beleza de uma música encantada, da minhamúsica favorita, que não é mais que o som da tua voz. Nunca são as grandes coisas. Os teus olhos cerrados no rumor de um beijo, o teu olhar de criança livre, os teus murmúrios e rebates apaixonados. E aí estás tu. E são sempre essas pequenas mas grandes, enormes, gigantes, exorbitantes e hiperbólicas coisas.
Comentários
Nas pequenas coisas se encontram as mais belas ternuras de uma vida.
e sim, essas pequenas coisas as vezes dizem tanto. pelo menoa para mim, geralmente sao suficientes. bjinho*
bjs*