Pessoas...!


Eu escrevo para sublimar as coisas. Talvez enconre na escrita uma forma de reescrever a minha própria existência.Somos tão banais. Todos.Sem excepção.
As pessoas aparecem-me como uma amálgama de chapéus de chuva, numa avenida lisboeta, em dias frios de inverno. Os chapéus podem ter vários padrões, contudo, não passam disso mesmo: chapéus. Função: proteger da chuva. Não quero dizer com isto que somos chapéus de chuva. Mas há semelhanças. Vistos de longe os chapéus de chuva parecem todos iguais. Sabem o que é levar com uma vareta no olho?A maioria sabe do que falo. E levar um estalo?
As pessoas, estranhas criaturas, já me deram valentes bofetadas (algumas às quais não respondi), quanto mais as tento compreender, mais me fogem. Só que todas elas mais cedo ou mais tarde soltam o seu monstro, nada virtuoso, de mesquinhez, ódio e frustração.
Estou farta de levar pontapés das pessoas. Interrogo-me se o Mundo que anseio não existirá senão dentro da minha cabeça. Talvez apenas eu vislumbre o céu de cor de rosa. Sim, eu sei que é azul.Era uma ironia. Uma metáfora, se preferirem. Prossigamos. O meu semblante torna-se carregado de quando em vez, nas alturas em que penso “ onde é que eu já ouvi isto?”Nunca mudarão os clichés? Como é que saímos fora desta permanente fase embrionária de nós mesmos?
Num mundo em que nos vestimos de eufemismos porque não temos coragem de tirar a roupa. Eu por mim, fico-me a passar a roupa a ferro, na minha casinha de paredes impecavelmente brancas, dentro da minha fantasia imaginária de “não sei quê utópico”. Assim não vais longe jovem. Sempre a inventar caminhos e a tropeçar em pedras. Pelo menos tento não ser um guarda chuva. Mas estou sempre a levar com varetas no olho. Ponto final.

Comentários

Anónimo disse…
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Fátima disse…
oh parceira do blog! pior que levar com varetas dos guarda-chuvas no olho é ter um pequenino que se está sempre a virar sempre em temporal, em plena lisboa, completamente carregada, cansada de um dia de aulas e com fome!! ah e já me aconteceu querer fazer xixi também! (ok, tou no exageranço ridículo...mas as primeiras coisas já me aconteceram!
e agora poeticamente falando, tentando ser tão metafórica quanto tu...sim, também não sou um guarda-chuva igual aos outros, mas já fui, e também já te dei estalos...mas tu tb já me deste a mim... às vezes é preciso, qd vivemos na utopia (tu), ou na perfeição (eu). o q importa é nao ser mais uma ovelha no rebanho todo igual da sociedade. vamos ser ovelhas negras. boa? =P
Anónimo disse…
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Anónimo disse…
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Fátima disse…
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