Café frio
"Mas as confidências sexuais, sempre difíceis, nunca o são tanto como entre um homem e uma mulher que se estabeleceram por seu lado relações amorosas. Às vezes, ao princípio, vai-se muito longe, os dois como que ainda incertos sobre a profundidade do abismo que têm à frente, e têm curiosidade em explorar. Depois, muito depressa, instala-se uma rotina nas confidências e nas carícias, que nunca consente uma entrega completa. O café arrefece nas xícaras. A refeição acabou."
Marguerite Yourcenar, "O quê? A eternidade"
Na montanha de mim, cume isolado, eu eremita, grito e o eco não me devolve o sufocado expelir da angústia da minha garganta. Não me vais conseguir ouvir. Tudo é trivial, frívolo, banal. Está frio. Gélidas mãos, ar cortante, vento arrepiante, coração glacial. Eu iceberg.
Comentários
Brrrrr....
Tá muito frio por aqui!!
Volto mais tarde, pra ver se aqueceu mais um pouco.
Beijos
E que leituras quentes!
Será que essas leituras não derretem o iceberg?
;)*