Pétala
A Avenida cheirava a Primavera
Era Outono.
O amor cheirava a castanhas assadas na brasa,
Sem pressas os corpos ardiam.
Os meus sentimentos cheiravam a neve.
Já era Verão.
Só o amor cheirava a gelo
Sem pressas os corpos congelavam.
O amor é uma sombra estranha.
E então era Primavera.
O amor cheirava a nada misturado com tormentas
Sem pressas os corpos procuravam-se.
Mas nunca se chegavam a encontrar.
O meu amor por ti percorre todas as estações do ano.
Quando cheira a neve
Gostava que ardesses como a castanha,
Quando me pareces uma sombra
Gostava que fosses uma flor da Primavera.
A desabrochar no meu corpo, na minha mão.
Eu sou a pétala arrastada no tempo e na vertigem,
Eu sou o nada transformado em tudo.
Eu sou a força que aparenta fraqueza.
Eu sou mulher, eu sou lágrima.
Uma pétala de uma túlipa desfolhada ao vento,
Pisada, magoada, amada, enlouquecida,
Eu sou o rubor do Verão.
Eu sou Outono na folha que cai,
Na lágrima que sobrevive no olhar.
Eu sou ponto de encontro entre mim e nós.
Eu sou o frio da nossa distância
Quando o amor é Inverno.
Eu sou o medo
Do não em vez do sim.
A meia lua
E quando a lua enche
Eu preciso de ti.
Porque eu sou só uma pétala
E só tu me podes tornar flor.
Era Outono.
O amor cheirava a castanhas assadas na brasa,
Sem pressas os corpos ardiam.
Os meus sentimentos cheiravam a neve.
Já era Verão.
Só o amor cheirava a gelo
Sem pressas os corpos congelavam.
O amor é uma sombra estranha.
E então era Primavera.
O amor cheirava a nada misturado com tormentas
Sem pressas os corpos procuravam-se.
Mas nunca se chegavam a encontrar.
O meu amor por ti percorre todas as estações do ano.
Quando cheira a neve
Gostava que ardesses como a castanha,
Quando me pareces uma sombra
Gostava que fosses uma flor da Primavera.
A desabrochar no meu corpo, na minha mão.
Eu sou a pétala arrastada no tempo e na vertigem,
Eu sou o nada transformado em tudo.
Eu sou a força que aparenta fraqueza.
Eu sou mulher, eu sou lágrima.
Uma pétala de uma túlipa desfolhada ao vento,
Pisada, magoada, amada, enlouquecida,
Eu sou o rubor do Verão.
Eu sou Outono na folha que cai,
Na lágrima que sobrevive no olhar.
Eu sou ponto de encontro entre mim e nós.
Eu sou o frio da nossa distância
Quando o amor é Inverno.
Eu sou o medo
Do não em vez do sim.
A meia lua
E quando a lua enche
Eu preciso de ti.
Porque eu sou só uma pétala
E só tu me podes tornar flor.
Comentários
muito bonito
Bom ano*