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O poeta é um fingidor

A menina que sonhava em voltar atrás no tempo

Era uma vez uma menina que sonhava em voltar atrás no tempo. Já não era tão menina – agora era mulher. Era mãe de uma menina linda e feliz. E às vezes sentia saudades de ser menina, como ela. Tinha saudades de correr pelos campos com os primos. De levar a burra pela mão e andar de carroça. De fugir da Beca, a cabrinha que marrava em toda a gente. De entrar pé ante pé no galinheiro, Para recolher os ovos sem levar uma bicada das galinhas. E de ver os focinhos ansiosos dos porcos a espreitar, Quando lhes levava o almoço. Tinha saudades de adormecer no carro dos pais, De só acordar quando chegavam a casa, E de fingir que ainda dormia, Só para que a levassem ao colo. Saudades de passar o caminho para a aldeia a chatear a irmã, Até o pai ameaçar deixá-las ali mesmo no caminho. (Brincadeira, claro!) Tinha saudades de andar de bicicleta pela aldeia, E lanchar gomas e chocolates à beira da ribeira. Saudades dos jantares em casa dos tios, Na “mesa dos miúdos”, só com os pri

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